sexta-feira, 7 de julho de 2017

Nunca pensei que ao ser mãe eu...

Quando eu estava grávida da moranguita, punha me a pensar, mas que raio de mãe seria eu... ainda hoje não me consigo decidir... Talvez mais para a frente me dicida...

Seria uma mãe porteira?
É aquela mãe que quer saber tudo. Cusca as gavetas em busca de algo suspeito, vasculha as tuas conversas de Facebook, e vai ver-te os dossiers da escola a ver se andas a tomar notas. É a mãe que sustem a respiração quando estás no quarto com alguém para ver se ouve as conversas. Sabe as notas primeiro do que tu porque ligou para a escola a perguntar, acha que se deve meter nas tuas relações amorosas.


Ou uma mãe galinha?
Para além de também quererem saber tudo da tua vida, fazem questão de te tratar como uma peça de arte rara que à mínima corrente de ar vai ter uma pneumonia e morrer engasgado na própria expetoração.

E a quessafoda?
Deixa os filhos comerem peças de fruta que caíram no chão, não protege as quinas das mesas com borrachas para que eles não faleçam com uma têmpora rebentada, e não anda com os filhos de mão dada para atravessar a estrada. É também aquele tipo de mãe que ao chegar a uma falésia deixa os filhos espreitarem lá para baixo.


Conhecem a barraqueira?
É aquela mãe que vai fazer escândalo à escola quando o seu mais do que tudo tem uma nota que ela acha injusta. A mãe barraqueira pode ser uma mãe qualquer, de todos os estratos sociais, credos ou etnia, e por vezes não se imagina que a aquela senhora bem vestida é capaz de se transformar numa espécie dragão pronto a cuspir fogo para defender a sua cria. A barraqueira envergonha os filhos.

A inconveniente?
As mães deste tipo são peritas na arte antiga da vergonha alheia. Aquelas mães que não têm vergonha de ir perguntar coisas confidenciais!

A que não fala de mais nada?
Normalmente é a mãe que acabou de ser mãe pela primeira vez e finalmente encontrou um sentido para a sua vida. Não fala de mais nada. Fala de fraldas com um brilho nos olhos, de tipos de leites...Todas as mães são um pouco assim. Não esqueçamos que já não tem memoria no telemóvel de tantas fotografias do seu mais que tudo!

A tia? Jamais!
Trata os filhos por você, inscreve-os na equitação, e nunca diz escola, diz sempre colégio. Veste-se bem, mesmo que coma massa com atum todos os dias para sustentar as aparências. Gaba as notas dos filhos a todas as amigas, mesmo que eles precisem de ter explicações para passar de ano.

A Facebook-Mãe
Uma epidemia do séc. XXI! O Facebook trouxe consigo, para além do cyberbullying, um problema muito maior que são as mães que o usam. Trememos da primeira vez que vemos aquele pedido de amizade ou quando ela nos pede ajuda para criar um perfil de Facebook.Dizemos-lhe que não vale a pena, que depois ela não vai saber usar, e que não se passa nada de interessante lá dentro. Sugerimos-lhe o Hi5, o MSN, ou o Orkut, qualquer uma em que nós já não tenhamos atividade porque sabemos que vamos ter de apagar todas aquelas fotos de festas em que estamos com ar de quem caiu no caldeirão da sangria, ou de quem foi à piscina sem óculos e tem os olhos vermelhos por causa do cloro.


( As definições de mães foram retiradas do blog Por falar noutra coisa)


Depois meto me a pensar...
Nunca pensei que ao ser mãe eu iria fazer certas coisas que faço... por exemplo:

Levar com vómito:
Sim... a minha pequenusca sempre que está no meu colo na brincadeira manda me com um jato de vomito( se é isso que se pode chamar) para cima... nem o cabelo se safa...

Comemorar presentes na fralda:
Nunca na minha vida pensei que comemorasse com palminhas, danças da felicidade e abracinhos, um belo presente na fralda. Que diabo, nunca pensei que a minha vida se resumisse a tanto cocó!

Ter audiência quando se está na casa de banho:
Nunca mais estamos sozinhas, temos sempre companhia. O mais engraçado no meio disto tudo é que já sofro de bullying, da parte dela, quando começo a cantar no banho!

Comida gelada:
Sim... nunca pensei que todo o tipo de comida se podia comer fria...

Brinquedos a cair:
Ainda não gatinha nem anda, mas já ganhei dores de costas de apanhar tanto brinquedo que ela atira da cadeira! E fora aqueles que quase, quase me esmagam o pê... E ela ainda se ri...


Beijocas!

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